O informe reúne as informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde até 18 de junho. Desde o início das investigações, foram notificados 8.049 casos suspeitos

O Ministério da Saúde divulgou, no dia 22 de junho, novos dados de microcefalia. Até 18 de junho, foram confirmados 1.616 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. Desde o início das investigações, em outubro do ano passado, 8.039 casos suspeitos foram notificados ao Ministério da Saúde.

Do total de notificados, foram descartados 3.416 casos por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia ou malformações confirmadas por causa não infecciosas. Também foram descartados por não se enquadrarem na definição de caso. Outros 3.007 permanecem em investigação.

Do total de casos confirmados, 233 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. Os 1.616 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 576 municípios, localizados em todas as unidades da federação e no Distrito Federal.

Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 324 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Isso representa 4% dos casos notificados. Destes, 86 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 182 continuam em investigação e 56 foram descartados.

O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos estados, além da possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 18 de junho de 2016

Regiões e Unidades Federadas Casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação Confirmados2,3 Descartados4
Brasil 3.007 1.616 3.416 8.039
Alagoas 68 74 176 318
Bahia 648 263 243 1.154
Ceará 177 123 209 509
Maranhão 76 130 61 267
Paraíba 287 143 457 887
Pernambuco 477 366 1.165 2.008
Piauí 9 87 73 169
Rio Grande do Norte 258 113 64 435
Sergipe 70 111 54 235
Região Nordeste 2.070 1.410 2.502 5.982
Espírito Santo 83 13 61 157
Minas Gerais 59 3 55 117
Rio de Janeiro 282 72 146 500
São Paulo 211ª 10b 173 394
Região Sudeste 635 98 435 1.168
Acre 11 2 27 40
Amapá 1 7 3 11
Amazonas 12 7 5 24
Pará 43 1 0 44
Rondônia 5 5 7 17
Roraima 5 10 11 26
Tocantins 53 17 85 155
Região Norte 130 49 138 317
Distrito Federal 5 5 36 46
Goiás 47 14 79 140
Mato Grosso 85 27 119 231
Mato Grosso do Sul 2 3 14 19
Região Centro-Oeste 139 49 248 436
Paraná 3 4 30 37
Santa Catarina 1 1 5 7
Rio Grande do Sul 29 5 58 92
Região Sul 33 10 93 136

1 Número cumulativo de casos notificados que preenchiam a definição de caso operacional anterior (33 cm), além das definições adotadas no Protocolo de Vigilância (a partir de 09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação e demais definições do protocolo.

2Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.

3Foram confirmados 233 casos por critério laboratorial específico para vírus Zika (técnica de PCR e sorologia).

4Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas confirmada por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.

  1. Conforme informado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo 211 casos se encontram em investigação para infecção congênita. Desses, 38 são possivelmente associados com a infecção pelo vírus Zika, porém ainda não foram finalizadas as investigações.
  2. 01 caso confirmado de microcefalia por Vírus Zika em recém-nascido com local provável de infecção em outra UF.

(Fonte: Ministério da Saúde)