O representante dos prefeitos da Associação de Municípios da Bacia do Médio São Francisco (AMMESF), prefeito de Francisco Sá, Denilson Silveira, esteve acompanhado de uma comitiva de pais de alunos e prestadores de serviços do transporte escolar, em reunião na manhã dessa segunda-feira, 6/6, na Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros.

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A pauta, mais uma vez são os atrasos no repasse de recursos para a manutenção do transporte escolar. Segundo o superintendente Regional de Ensino, José Gomes em contato telefônico com o Superintendente de Planejamento e Finanças de SEE, Silas Fagundes de Carvalho é que será creditada na próxima semana, a parcela referente ao mês de abril e na semana subsequente a parcela referente ao mês maio.
“Das dez parcelas de convênio assinado em 2015, após intensa manifestação dos prefeitos da AMMESF, pois anteriormente, o repasse era em apenas quatro parcelas anuais, sendo a primeira por volta do mês de abril, o que gerava uma série de problemas no início do ano. O convênio iniciando em fevereiro e com 10 parcelas ficou melhor, mas com os constantes atrasos, o problema volta a persistir. São dois meses de atraso e os prestadores, pelo menos em Francisco Sá, desde a semana passada cruzaram os braços. Por isso, os convidei-os para participarem dessa reunião para pelo menos, entenderem que o problema não é só em nosso município, mas em todo o Estado”, explica Silveira.

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Para a mãe de aluno Geane Aparecida Moreira Silva, o transporte escolar é vital para a manutenção dos seus filhos na escola.  “Não tivemos oportunidade de estudar e o estudo é o maior bem que podemos oferecer aos nossos filhos”, desabafou Gilson Moreira de Aquino, pai de aluno.

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Outra pauta na manifestação dos prefeitos é um tratamento diferenciado, que leve em consideração peculiaridades da região que tornam o serviço ainda mais caro. “O critério para distribuição do recurso contempla apena o número de alunos, mas não considera a dimensão territorial e a situação das estradas dos municípios. “Temos cidades com dimensão territorial imensas, como Buritizeiro, Januária, São Francisco e outras, com grandes rotas, e isso não o diferencia dos demais. A maioria das estradas vicinais são de terra, o que aumenta consideravelmente os custos da manutenção, o gasto maior com combustível, tudo isso torna o quilômetro rodado mais caro. O governo de Minas em 2015 disse estudar uma revisão, mas até o momento nada. Em Franciso Sá, todo mês tenho que completar com recursos próprios cerca de 60 mil, a mais dos 157 mil repassados pelo Estado”, ressalta o Presidente da AMMESF.