A explosão do desemprego já fez o governo perder em arrecadação tudo o que contava ganhar com a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em 2016. Nos quatro primeiros meses do ano, a Receita Federal perdeu R$ 12,4 bilhões devido ao impacto provocado pela queda do emprego e dos salários no recolhimento de impostos e contribuições federais.
O impacto negativo da perda de postos de trabalho nos últimos meses foi o que mais pesou para a queda de 7,91% da arrecadação do governo federal de janeiro a abril, que atingiu R$ 423,9 bilhões – o pior resultado deste 2010. Em abril, o tombo foi de 7,1% com arrecadação de R$ 110,89 bilhões. Os dados foram divulgados ontem.
O recuo do emprego bate diretamente na arrecadação da contribuições previdenciárias e no Imposto de Renda de Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre o rendimento do trabalho. “É preciso um alerta para o tamanho do problema. A perda é maior do que parece à primeira vista”, avaliou o José Roberto Afonso, pesquisador do Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto de Direito Público (IDP). O governo contava com uma arrecadação líquida de R$ 10 bilhões com a CPMF ao longo deste ano, lembrou.
(Fonte: CNM)