O setor de serviços registrou queda de -4,0%, em fevereiro, e a retração impacta direto na arrecadação e no Produto Interno Bruto (PIB), que deve encolher -3,8% este ano. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 13 de abril, consideram o mês de fevereiro do ano passado. O setor já havia registrado abatimento de -5,0%, em janeiro de 2016 e em dezembro de 2015.

Dentre as áreas que obtiveram as maiores variações negativas estão: serviços prestados às famílias, com -1,4%; informação e comunicação, com -5,3%; Serviços profissionais, administrativos e complementares, com -4,3%, Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com -2,0%; e outros serviços, com -6,1%.

A taxa acumulada no ano ficou em -4,5% e, em 12 meses a redução foi de -3,7%. Nos meses de forte atividade turística, o crescimento registrado foi de 1,3% em fevereiro e 0,5% em janeiro, contra queda de 1,6%, em dezembro.

PIB

Em relação ao impacto do PIB, dados Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam redução de -3,8%, porcentual superior à estimativa de janeiro que previa contração de -3,5%. Segundo relatório do FMI, divulgado nesta terça-feira, 12 de abril, a economia brasileira deve ter o sexto pior desempenho do mundo em 2016. A economia mundial, ainda segundo o FMI, deve crescer 3,2%, em média.

Outro levantamento, também divulgado nesta quarta, da Serasa Expirian, mostra o impacto negativo no consumo. O estudo informa que chegou a 60 milhões o número de brasileiros inadimplentes, em março, e totalizaram R$ 256 bilhões em dívidas em atraso – o      que representa 41% da população com mais de 18 anos do país. “É a maior marca já registrada pela Serasa Experian desde que iniciou a medição, em 2012, quando pela primeira vez a inadimplência atingiu 50,2 milhões de pessoas”, diz empresa.

Reflexo

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) volta a lembra que os números negativos tornam o cenário financeiro municipal ainda mais caótico, uma vez que do montante arrecadado, dos bens produzidos no país, o ente municipal fica apenas com 7%. Se a situação já não caminhava bem há alguns anos, agora ela traz um agravante ainda maior aos gestores que estão fechando seus mandatos. No entanto, a Confederação já havia previsto tal decadência financeira, e consequentemente administrativa.

(Fonte: CNM)